Maurício Mellone, editor do Favo do Mellone site parceiro do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Claudio Fontana, Marco Antonio Pâmio e Marcello Antony em "Macbeth"
O ator que estreou no teatro ao lado de Giulia Gam no clássico Romeu e Julieta, direção de Antunes Filho, retorna ao universo shakespeariano em Macbeth, sob a direção de Gabriel Villela que estreia nesta sexta, dia 1º de junho. Acompanhe a seguir entrevista exclusiva
SÃO PAULO – O premiado ator Marco Antônio Pâmio confessa, em entrevista exclusiva, ter sido “treinado como ator” com Shakespeare, já que sua estreia profissional foi justamente na pele de Romeu, no clássico do dramaturgo britânico dirigido por Antunes Filho, em 1984, quando recebeu o prêmio de ator revelação da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Quase trinta anos depois, ele está de volta ao universo de William Shakespeare, agora no papel de Banquo, melhor amigo e braço direito doMacbeth, na montagem que Gabriel Vilela estreia nesta sexta-feira, dia 1º de junho, no Teatro Vivo, com Marcello Antony no papel-título.
Pâmio, no entanto, sempre esteve próximo do teatro de Shakespeare: fez pós-graduação no Drama Studio London, onde vivenciou como os ingleses trabalhar a obra no original, aprofundando o texto e a musicalidade de Shakespeare.
Como professor de teatro e diretor, já orientou diversos trabalhos que tinham Shakespeare como centro das discussões. Por isso que não tem dúvida em afirmar:
“Quanto mais maduros nos tornamos, mais compreendemos as infinitas camadas que suas obras possuem. Shakespeare continua sendo, sem sombra de dúvida, o maior dramaturgo que este planeta já conheceu”.
Acompanhe a seguir a entrevista em que o ator fala de sua carreira e do processo de criação em Macbeth.
No CPT/SESC dirigido por Antunes Filho, Marco Antônio Pâmio permaneceu quatro anos (1982 a 85): além de Romeu e Julieta, participou de montagens históricas como Macunaíma, de Mário de Andrade e Nelson 2 Rodrigues. Esteve à frente de montagens de grande impacto junto ao público e à crítica, como a adaptação para o teatro do filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica, dirigida por Olair Coan, ou ainda Pobre Super-Homem, de Brad Fraser, direção de Sérgio Ferrara. Outros trabalhos marcantes de sua extensa carreira teatral seriam Um Número, de Lary Churchill, dirigido por Bete Coelho, Edmond, de David Manet e direção de Ariela Goldman, que lhe rendeu outro prêmio APCA de melhor ator. Em 2009 apresentou o monólogo Mediano de Otávio Martins, que deve voltar a ser encenado no segundo semestre e no ano passado participou da comédia de Ariano Suassuna, O Casamento Suspeitoso. Leia a seguir os pontos principais da entrevista:
Aplauso Brasil – Aos 50 anos e quase 30 de carreira profissional, qual importância em participar desta nova produção de William Shakespeare? Leia mais »